O secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, ressaltou a importância do projeto para a meta de tornar MS Carbono Neutro em 2030. “O Eletroposto é uma parceria da UFMS, Detran-MS, Aneel e empresas do setor energético. Muito mais do que um simples posto de recarga de bateria veicular é um laboratório onde estão sendo testadas tecnologias voltadas à mobilidade e ao uso eficiente da energia. Queremos ser um estado carbono neutro em 2030. Assim, temos obrigação de apoiar todos as ações que nos conduzam a isso e é muito bom saber que estamos na vanguarda em alguns desses projetos, que contribuem para tornar Mato Grosso do Sul um Estado inclusivo, próspero, verde e digital”, afirmou Ricardo Senna.
“Aqui temos um exemplo importante proporcionado pela UFMS para Mato Grosso do Sul e para o mundo. Em nome do governador parabenizo ao reitor e a vice-reitora pela gestão. Vemos algo invisível acontecer nesses últimos anos: a UFMS está tirando os projetos de pesquisa das mesas e bibliotecas para fora, em benefício da sociedade e do próprio planeta”, acrescentou o secretário Executivo da Semadesc.
O diretor-presidente do Detrans-MS, Rudel Trindade, destacou a importância da parceria. “A UFMS, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o Governo do Estado há anos perseguem o mesmo objetivo: avanço tecnológico. Em um período de dois a três anos devemos transformar a frota do Detran em veículos elétricos. Temos já a autorização do governador Eduardo Riedel para instalar mais dois eletropostos, um será na sede do Detran e o outro no Bioparque Pantanal. É um projeto fantástico e não podíamos ficar de fora. Agradeço muito à UFMS pelo convite para estamos com vocês em uma ação que tem um futuro grande”, disse .
O eletroposto está instalado na Avenida da Ciência, em área próxima ao Restaurante Universitário. O abastecimento dos veículos e uso das bicicletas depende de um cadastro prévio feito por meio do aplicativo Ezbike.
Iniciativa da UFMS
Em Mato Grosso do Sul, já existem eletropostos de carga lenta, tipo de garagem. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Eletrificados, atualmente há mais 1,5 mil postos instalados nas principais cidades e rodovias. A estimativa da entidade é de que nos próximos três anos haja pelo menos 10 mil empreendimentos espalhados pelo Brasil.
“Em nome do coordenador do projeto, professor Ruben Godoy, cumprimento toda a equipe de pesquisadores, técnicos e acadêmicos da graduação e pós-graduação que participam dos estudos. A questão da energia renovável é um desafio para todo o mundo. Sem energia, não conseguimos sobreviver e, por isso, temos que cada vez mais pensar em sustentabilidade”, afirmou o reitor da UFMS, Marcelo Turine.
“Mato Grosso do Sul tem como proposta se tornar em breve um estado verde, sustentável. Agradeço a todos os parceiros, órgãos públicos e empresas, juntos criaremos um corredor em Campo Grande replicando estruturas como a que entregamos hoje e permitindo aos cidadãos da Capital usufruírem da tecnologia de carregamento rápido de veículos elétricos, além de subsidiar nossas pesquisas nessa área. Somos uma Universidade diferenciada”, ressaltou Turine.
De acordo com o coordenador do projeto, Ruben Barros Godoy, “o eletroposto não é apenas uma estação de recarga, mas um grande laboratório". "Não é possível enxergar, os sensores, algoritmos, aplicativos, enfim, equipamentos que possam nos ajudar a gerar dados que terminem em relatórios, teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso. Nossos artigos vêm sendo publicados nos melhores periódicos da área. Faço questão de mencionar o nome de alguns pesquisadores que foram importantes para que tudo acontecesse: professor Edson Batista e professor Moacir Brito e, ainda, nosso orientador que é o Thiago Matheus. Muito obrigado a vocês e às empresas executoras que trabalharam duro para que estivéssemos aqui. Nós somos uma das poucas, ou até a única, a trabalhar com o conceito V2G, vocês vão ver esse nome muitas vezes no nosso projeto”, disse.
Para utilizar o eletroposto é necessário efetuar apenas um cadastro. “Com base nesses dados – quantos carros, qual a média de abastecimento – vamos entender melhor quem utiliza esse serviço”, disse o professor. Ainda há possibilidade de retirar uma bicicleta elétrica para uso na Cidade Universitária e reabastecer o veículo acessando o aplicativo ezbike. “Estamos indo mais longe nas pesquisas e avaliando a possibilidade de abastecer os veículos sem a necessidade de alguém interagir. Tudo está sendo desenvolvido por nossa equipe”, comentou.
Marcelo Armôa, Semadesc